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Story Notes:

(Friends, excuse write in Portuguese, but my English is not good enough to maintain the quality. If someone wants to help me, I can send the story in English and that person revises and sends me back to I publish. Send me an e -mail if you want help - nato.silent@bol.com.br)

(Amigos, desculpa escrever em português, mas meu inglês não é bom o suficiente para manter a qualidade. Se alguém quiser me ajudar, posso enviar a história em inglês e essa pessoa revisa e me envia de volta para eu publicar. Me mande um e-mail se quiser ajudar)

Author's Chapter Notes:

Todo capítulo começa dizendo em qual dos 120 dias de encolhimento o personagem principal está.

Isso é importante pois os capitulos vão se alternar entre o início e o meio da história.

Espero que gostem dessa nossa viagem juntos. Pois não será uma história curta. (desde que tenham views e reviews o suficiente) ;)

 

Dia - 76

 

Botas, sempre botas. Demi começou a usá-las quando tinha 11 anos e nunca mais parou. 2 tenis, 1 scarpin e todo os resto dos seus calçados eram botas. E a razão morava na casa ao lado. Ela se lembrava claramente quando o senhor Ferreira, ou Rafael, como ele insistia que todos o chamassem, se mudou para o condomínio de casas do qual sua mãe era proprietária.

 

Demi ficou olhando quando a porta da casa do seu vizinho abriu. Sentiu pontada de decepção e raiva quando uma mulher ruiva, vestida como uma executiva saiu dizendo algo que ela não pode entender da distância que estava. Fazia quase 3 meses que ela não via seu vizinho brasileiro.

 

Apesar de ter tido vários namorados, mesmo sem ter completado 17 anos, Demi continuava interessada em Rafael. O fato de ele continuar a tratando como se ela ainda fosse uma criança de 11 anos, fez com que a paixão de criança se transformasse em um misto de obsessão e raiva.

 

Entrou em casa batendo a porta da frente, com seus pais viajando, a única outra pessoas na casa era sua irmã mais nova. Claire era tímida, uma autentica nerd, isso somado ao fato de se 2 anos mais nova que Demi, fazia com com que ela nunca enfrentasse a irmã. Por isso Claire também não reclamou quando Demi bateu com força a porta do quarto que ficava em frente ao seu.

 

Demi passou pele janela e parou, deu um passo atrás para ajustar o angulo e conseguir ver a janela do quarto de Rafael. Fazia muito tempo que as cortinas estavam constantemente fechadas, mas não hoje. Demi piscou e inclinou a cabeça ligeiramente para frente ao perceber um movimento na escrivaninha que ficava perto da janela do quarto de seu vizinho. Demi correu até o quarto da irmã e voltou arrumando desajeitadamente na janela a luneta que pegará emprestada. Olhou melhor, andou até o meio do quarto com o salto de suas botas estalando no piso de madeira clara, colou a mão na boca, voltou e olhou de novo por uns 5 minutos, então saiu correndo para o quarto de sua mãe.

 

Rafael andou em volta do enorme iphone 6 que estava em um suporte improvisado. Para ele o dispositivo parecia uma enorme TV, apenas 1 centímetro menor que ele próprio. Não faziam 3 meses desde que o mesmo aparelho cabia em seu bolso.

“Pelo menos tenho uma tela grande para assistir ao jogo do Flamengo pela internet” - pensou Rafael ao clicar no aplicativo do canto inferior do celular, completamente desconhecedor de que estava sendo observado.

Se jogou em um puf, que era adequado para seu tamanho, pois tinha sido projetado para ser apoio de celular. Foi quando uma ligação vinda do Whatsapp preencheu a tela de seu iPhone com o nome “Demi”.

 

- Rafael?

 

- Oi Demi, tudo bem?

 

- Sua voz está tão baixinha. - disse Demi entre risadinhas.

 

- É que estou usando o viva voz - respondeu Rafael enquanto tentava projetar sua voz mais forte ao mesmo tempo que se perguntava se tinha sido boa ideia atender ao telefone.

 

- Entendi. Você anda sumido. Alguma novidade com você?

 

- Não, tudo na mesma - mentiu Rafael falando o mais casual possível.

 

- Não acredito, três meses sem te ver, alguma coisa aconteceu. Nem que tenha sido alguma coisa bem pequenininha.

 

Rafael sentou um desconforto. Nunca falava muito com a vizinha. Tratava bem, sempre cumprimentava, mas não esticava muito as conversas nos últimos anos. Tinha notado que desde os 14 anos ela tinha começado a flertar com ele. Isso não chegava a incomodá-lo, ele achava graça, coisa de criança, mas reduziu as conversas com ela para não incentivar. No entanto ter pronunciado a palavra “ bem” de maneira tão longa, acompanhado da palavra “pequenininha” o deixou sem jeito. - Demi, está na hora do meu jogo. Vou precisar desligar, a gente se fala depois, tá?

 

- Ah, não desliga não - disse Demi com uma voz suplicante e sedosa - eu sei que seu tima só entra em campo em 20 minutos.

 

- Como você sabe?

 

- Aprendi a gostar de futebol com 11 anos, com você. Eu sei muito mais coisas do que você imagina. Por exemplo eu sei que minha mãe como sindica recebeu de você uma cópia da chave da sua caso para um caso de emergência. Outra coisa que eu sei é de ela guarda essa chave, homenzinho.

 

Com os olhos arregalados Rafael olhou pela janela e viu sua gigantesca vizinha acenar4 para ele com a palma levantada, mexendo apenas os longos dedos para isso. A outra mão balançava provocativamente um chaveiro. E então, em meio risadinhas, ela virou e sumiu da janela claramente correndo.

 

- Merda, merda, merda… - Rafael repetia enquanto corria para escada improvisada que permitia que ele subisse e descesse da escrivaninha.

 

 

 

Chapter End Notes:

Por favor, comentem, farei o máximo para responder todos os reviews.

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